Volkswagen Polo, o que ainda vale a sexta geração do “mini-Golf”?

O Volkwagen Polo continua a ser uma referência do segmento B. Em jeito de despedida da sexta geração, fomos perceber se esta ainda está à altura da concorrência.

Volkswagen
Utilitário
Volkswagen Polo 1.0 TSI 95cv Confortline

O Volkswagen Polo chegou ao mercado em 1975, e desde então tem tem vindo a demarcar-se como um dos ícones do seu segmento. Hoje na sua sexta geração, introduzida em 2017, o Volkswagen Polo está maior, mais conectado e digital que nunca, e apresenta-se capaz até de fazer frente ao segmento acima… desde que a carteira acompanhe a vontade. O que vale a sexta geração do Volkswagen Polo?

Com base no Audi 50, o Volkswagen Polo de primeira geração nasce em 1975, poucos meses depois do seu “parente” de maiores dimensões (Golf) ter surgido no mercado. Numa época especialmente importante para a marca alemã, o Polo acabaria ser um impulsionador das vendas da marca, que até aos dias de hoje já vendeu mais de 18 milhões de unidades em todo o mundo.

VW Polo 21

O maior de sempre

Nesta sexta geração, o Volkswagen Polo cresceu face à geração anterior, mantendo as dimensões compactas e versatilidade ímpares que o caracterizam. Construído sobre a plataforma MQB-A0 do Grupo Volkswagen (estreada pelo SEAT Ibiza e usada também pelo Arona e Skoda Scala, por exemplo), viu as suas dimensões crescer, tanto no exterior como no interior, dando a sensação de se tratar de um automóvel do segmento acima.

Tal facto permite ao Polo transportar de forma mais cómoda passageiros nos bancos traseiros (ainda que o do meio sofra pela altura do túnel central), sobrando ainda 351 litros de capacidade de bagageira. O que se traduz em mais 71 litros face à geração anterior, incluíndo um patamar a dois níveis e ainda um pneu suplente(!). Acima de tudo, continua a ser uma referência.

No que toca a acabamentos no interior é o que se pode esperar deste segmento. Na sua maioria composto por plásticos duros ao toque, tirando o tablier que é de acabamento aborrachado, ao passo que os bancos são em tecido mas não comprometem o conforto. Da mesma forma, a qualidade de construção está de acordo com os standards da engenharia alemã, ausente de ruídos parasitas.

E também mais tecnológico

No interior encontramos uma praticidade que permite tirar partido das mais valias deste VW Polo no dia-a-dia. Primeiramente, através do cockpit 100% digital, um opcional quase obrigatório, ainda que faça desembolsar 390€ extra na fatura final. Isto por não só conferir um aspeto mais moderno, mas também por facilitar a leitura e interação durante a condução.

O mesmo acontece ao centro do tablier, onde dispomos do já usual sistema de info-entretenimento de 8″ sensível ao toque. Este permite a ligação sem-fios a plataformas móveis, como dispõe ainda de uma estação de carregamento para não arriscar ficar sem bateria. Por outro lado, e caso prefira, pode dar-se uso das várias portas USB-C (duas na frente e mais duas para os bancos traseiros).

Ainda que a digitalização esteja na ordem do dia, o VW Polo ainda faz uso – e bem – de comandos de ventilação físicos. Acima de tudo vale frisar que, mesmo com toda a digitalização, são estes pequenos pormenores que melhoram a segurança ativa. Tudo pelo simples facto de estar tudo ao alcance do toque, ao invés de esconder este tipo de ação num menu digital.

Bem equipado e versátil

Em virtude de se tratar da versão Confortline, este Polo inclui alguns extras que acabam por valer o investimento extra de 1400€ face à versão Trendline. Além de passar a ter um acabamento de qualidade superior, traz de série faróis de nevoeiro, jantes de liga-leve, sistema de deteção de fadiga, sistema de info-entretenimento tátil de 8″ e carregador por indução. Isto para nomear apenas algum do seu equipamento de série.

No entanto, pode sempre configurar a gosto, e incluir a pintura cinzento “Limestone” (503€), jantes de liga-leve de 17″ “Boneville” (opcional, 742€), auxílio ao estacionamento com sensores (482€) e câmara traseira (280€) e ainda vidros traseiros escurecidos (304€) para ter uma unidade tal e qual esta que ensaiámos.

Comum a ambas, é a utilização do grupo propulsor tricilíndrico 1.0 TSI, sendo que na versão Trendline fica limitado à opção de 80 cv. Mas no caso de optar pela Confortline, além de ter a opção de 80 cv, tem também a possibilidade de optar pela mesma motorização um patamar de potência acima. Neste caso, com 95 cv de caixa manual de 5 velocidades, ou igual mas recorrendo a caixa automática DSG7.

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Bom aliado para o dia-a-dia

O Volkswagen Polo continua a ser um excelente aliado para o dia-a-dia, a fazer valer o motor tricilíndrico que o equipa. Para uma utilização mais prática, e para todas as ocasiões, a opção de 95 cv é a escolha mais acertada. Contudo, para quem procura uma solução mais acessível, existe sempre a opção de 80 cv que permite poupar algumas cifras na fatura final. Quem sabe para optar por equipar alguns dos extras nomeados acima.

Apesar de não ser o mais expedito do segmento, o VW Polo prima pela neutralidade e segurança que transmite. Da mesma forma, a solidez e qualidade de construção que se fazem sentir no habitáculo revelam o bom trabalho de insonorização, filtrando a sonoridade típica destas motorizações. A suspensão acaba também por dar uma boa ajuda, mostrando-se capaz de dar conta das irregularidades do piso.

Reza a história que, para além do nome “Polo”, que deriva do desporto, esteve ainda em cima da mesa a possibilidade de se chamar “Mini-Golf”. Algo que se tem vindo a aproximar cada vez mais da realidade…

Por outro lado, a minha única queixa reside no facto deste tipo de motorização ainda fazer uso de uma caixa manual de 5 relações, enquando “luto” com o meu hábito em colocar uma “sexta imaginária” sempre que puxava por ele em estrada.

Por fim, os consumos alcançados no final deste ensaio fixaram-se nos 6,0 l/100km, o que revela consumos próximos dos anunciados pela marca. Isto para uma utilização mista entre o urbano e extra-urbano. Se acaso a utilização for maioritariamente em estrada nacional, poderá esperar valores mais próximos dos 5,5 l/100km.

Tudo tem um preço

Dizem que qualidade se paga, e neste caso não será diferente. Não falando no sentido literal, mas ainda assim estamos perante uma boa proposta para quem procura um carro do segmento B. Para além dos 20 959€ de preço base (já com impostos) terá de somar os 3 100€ dos opcionais para uma unidade semelhante a esta.

Tudo somado perfaz 24 058€, o que equivale ao preço base de um Volkswagen Golf com o mesmo motor 1.0 l – mas de 110 cv. No final de contas, é tudo uma questão de perspetiva.

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Conclusão

Apesar de não ser o mais potente dos seus concorrentes, o VW Polo 1.0 TSI de 95 cv continua a ser uma excelente opção para quem procura um automóvel do segmento B. Maior, mais digital e conectado que as suas gerações antecedentes, vale pela robustez e qualidade de construção, onde o espaço a bordo continua a ser uma referência no segmento.

Ficha Técnica

Cilindrada

999 cm3

Cilindrada

175 Nm

Binário Máximo

95 cv

Potência

Cilindrada

10,8 s

0-100 KM/H

187 km/h

Velocidade Máxima

Cilindrada

5,5 l/100 km

Combinado

6,0 l/100 km

Registado

126 g/km

Emissões CO2

Cilindrada

20 959€

Base

24 059€

Ensaiado


Thumbs UpEspaço. Conforto. Qualidade de construção.

Thumbs DownPreço.