O modelo foi lançado em 2017 mas recebeu recentemente uma renovação. É o primeiro modelo SUV a ser produzido na fábrica da AutoEuropa em Palmela, e vendeu 19 130 unidades na Europa no passado mês de julho, representando uma subida de 15% face ao ano anterior.
Por fora as mudanças aplicadas ao novo VW T-Roc foram ligeiras e, como de costume nestes casos, centradas em detalhes das óticas e assinaturas LED, na grelha e nos para-choques, mas todas elas só detectáveis pelos mais atentos. Já no interior a conversa é outra.
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E tudo a VW mudou…
Tudo, ou quase tudo, mudou dentro do novo VW T-Roc! E claro, quando se muda é naturalmente para melhor. Começamos pelos materiais de melhor qualidade, aproximando-o do irmão Golf. Algo que chegou até a ser criticado na primeira geração deste SUV. Também no que ao sistema de info-entretenimento e consola central diz respeito, houve uma natural aproximação aos restantes modelos do construtor.
Para além disso passamos a contar com um painel de instrumentos totalmente digital com muita informação e de fácil leitura, e que só dispensava os novos botões hápticos no volante que nem sempre são mais responsivos ou fáceis de utilizar, obrigando inclusivamente a desviar os olhos da estrada. Felizmente a climatização, ainda que com botões táteis, mantém-se independente do sistema de info-entretenimento que por sua vez se revela bastante completo.
A habitabilidade está também em bom plano, o que se revela imprescindível. Ou seja, o Volkswagen T-Roc pode perfeitamente ser o carro de família, apto tanto para o dia-a-dia nos centros urbanos, como para viagens mais longas no fim de semana. Para isso conta com 445 litros de capacidade de bagageira que disponibiliza um útil fundo falso que pode ser gerido com a colocação desse mesmo fundo em vários níveis.
Motor equilibrado
Já quanto a consumos registámos uma média de 6,8 l/100 km. Contudo, convém referir que estamos perante a versão R Line com o motor 1.5 l de 150cv. Acima deste só mesmo o T-Roc R que ensaiámos ainda na primeira versão do modelo. Por outro lado, numa condução diária mais comedida, também se registam valores de 5,7 l/100km.
Não sendo, certamente, o mais económico é, muito provavelmente, a opção mais equilibrada dadas as dimensões e pretensões deste SUV “made in Portugal”. Neste caso utiliza a capacidade de conseguir desligar dois dos quatro cilindros para oferecer alguma poupança de combustível. Para além disso, a caixa automática DSG de sete relações empresta uma outra dinâmica e também conforto de utilização ao T-Roc.
Foi durante o nosso ensaio a este VW T-Roc que pudemos conhecer o Amoras Country House Hotel em Proença-a-Nova. Uma reportagem que pode ser consultada na última edição da nossa Magazine, também disponível aqui em formato digital.
Um SUV mais… desportivo!
Ainda sobre a versão R-Line, temos vários aspetos que lhe conferem um aspeto bem mais… apelativo(!) e, se quiserem, jovial! Contudo, temos que destacar as jantes de liga leve de 19” que, para além de aspeto ajudam no comportamento dinâmico do modelo ao montarem pneus 225/40, neste caso uns Bridgestone Potenza S001, e que nem sequer comprometem demasiado o conforto. Os bancos desportivos são também uma mais valia e um excelente compromisso entre conforto e apoio.
Assim, este VW T-Roc é bem divertido de conduzir. Dinâmico, responsivo aos comandos, agressivo quando se lhe pede, e seguro quando mais precisamos. Às vezes, o mais difícil de fazer
em modelos que nascem quase perfeitos é não estragar! A VW conseguiu isso mesmo com esta renovação do SUV “português”.
Assim, esta versão R-Line com o motor 1.5 TSI, acaba por ser a que melhor se adequa ao SUV “português”, conseguindo melhores prestações sem prejudicar significativamente os consumos. Contudo, é naturalmente mais prejudicada na fatura final, com um preço muito próximo dos 40 mil euros, ainda que a lista de equipamento seja considerável nesta versão.
Seja como for, está mais do que justificado o motivo que o levou a ser o automóvel mais vendido do mercado no passado mês de julho. Ou seja, o que é nacional é, de facto, bom e neste caso vende bem!
Conclusão
O T-Roc, SUV "made in Portugal", continua a ser uma referência no segmento. A Volkswagen soube mudar aquilo que mais interessava para fazer face à muita concorrência, mantendo todos os seus bons atributos. Provavelmente os mesmos que fizeram dele o automóvel mais vendido no passado mês de julho. Definitivamente que esta versão R-Line lhe assenta particularmente bem, e a motorização 1.5 TSI de 150 cv com a caixa automática parece ser mesmo o melhor compromisso.
Ficha Técnica
1498 cm3
Cilindrada
250 Nm
Binário Máximo
150 cv
Potência
8,3 s
0-100 KM/H
207 km/h
Velocidade Máxima
6,4 l/100 km
Combinado
6,8 l/100 km
Registado
143 g/km
Emissões CO2
38 180€
Base
44 160€
Ensaiado
Habitabilidade. Conjunto motor+caixa. Qualidade materiais. Imagem.
Preço final. Comandos hápticos do volante.