O Clube Escape Livre, num contexto de experiência, convívio, condução todo-o-terreno e conhecimento de outros modos de vida, tradições e novas paisagens, organizou a expedição Namíbia 2023. Como sempre em parceria com a R Travel, parceiro de excelência para as grandes aventuras internacionais do Escape Livre.
Dias 1 e 2
Foram 23 os participantes que no dia 24 de maio (quarta-feira) saíram de Lisboa para iniciar este périplo africano. Viajaram de avião desde Lisboa até a capital da Namíbia, Windhoek, com escala na capital angolana, Luanda.
Na chegada à capital namibiana, seis viaturas 4X4 e o guia da expedição, um português que se radicou neste país após a Guerra Civil de Angola, aguardava o grupo.
A Namíbia é um país fascinante com 825,615 km2 e uma baixíssima densidade populacional (2,55 milhões) e onde com 30% dessa população está acantonada na capital. É, assim, um dos países no mundo com menor densidade populacional o que deixa perceber a imensidão da savana, do deserto e dos bosques de acácias onde é raro viverem seres humanos.
Dia 3
A aventura começou na sexta-feira (26 de maio) com um percurso desenhado por estradões ladeados de capim e acácias, rumo ao deserto do Namíbe para ter o primeiro contacto com as gigantescas dunas Sossusvelei. Que seriam exploradas no dia seguinte. Este primeiro dia de aventura serviu para visitar, também, o Sesriem Canyon, gigantesca fissura geográfica que as águas torrenciais escavaram nas areias do deserto durante milhares de anos.
Hoje, praticamente seco, ainda permite o cada vez mais raro avistamento de animais selvagens como Kudos, chacais, raposas do deserto, macacos e muitos Springbok, ou a cabra de leque, pequeno antílope. Animal que, curiosamente, representa a África do Sul, mas que se encontra por todo lado na Namíbia. Por seu turno, o Orix, animal nacional da Namíbia, é muito mais difícil de encontrar.
Dia 4
O sábado (27 de maio) amanheceu cedo para a caravana que se fez à estrada para observar os cambiantes de cores que o nascer do sol provoca nas gigantescas dunas do deserto do Namíbe. Durante algumas horas o todo-o-terreno foi substituído pela subida da famosa duna 45 com cerca de 160 m de altitude. Um exercício de cortar o folego, mas que encheu os olhos de todos graças a uma beleza inebriante.
Após a travessia do deserto, com paragem obrigatória no Vale da Morte e, claro, em Solitaire. E é lá onde um português tem uma casa de referência a servir café e tartes de maçã. A chegada à beira-mar com o Atlântico a banhar a cidade piscatória de Swokapomund, que seria explorada no dia seguinte. Pelo caminho deu-se a passagem do Trópico de Capricórnio.
Dia 5
Na manhã de domingo (28 de maio) o todo-o-terreno voltou a ceder o lugar, desta feita, a atividades marítimas. A bordo de um catamarã, a caravana explorou a lagoa que rodeia a cidade de Swokapomund. Foi o convívio perfeito da comitiva com as focas, golfinhos, pelicanos e flamingos. Anos de hábito levam-nos a aproximar-se das embarcações e a conviver com as pessoas. São aos milhares!
A condução todo-o-terreno voltou à tarde com um carrossel alucinante de condução nas dunas gigantescas que acabam de forma abrupta no oceano. São quilómetros de areia a perder de vista com vertiginosas descidas e subidas que fizeram a delícia dos participantes.
Dia 6
O dia seguinte (29 de maio) marcou o regresso ao interior do país para uma visita às famosas gravuras rupestres de Twinfontein onde astrologia, misticismo, animais e natureza foram ali gravados há milhares de anos. Foi então que a caravana portuguesa foi brindada com a língua “bosquiwane” e os seus famosos quatro tipos de estalidos. Um dia onde a emoção da condução e a cultura andaram de braço dado, uma característica endógena das organizações do Clube Escape Livre.
Dias 7 e 8
O dia 30 de maio (terça-feira) ficou reservado para o percurso a caminho do parque do Etosha, com visita a uma aldeia dos nativos Himba, conhecidos pelo uso na pele e nos cabelos do Otjize (mistura de gordura com pigmento ocre) proteção essencial para as elevadas temperaturas e poeiras do deserto. Vivem como os seus antepassados e junto com os Herero são os dois povos nativos desta região da Namíbia.
Como nota de mudança civilizacional apenas o uso atual da força do vento para a extração de água dos poucos poços existentes e os incipientes infantários que cada aldeia oferece. As crianças mais velhas estudam nas cidades próximas e o seu transporte é assegurado por toda a comunidade através do que ganham a vender lembranças aos turistas.
Chegados ao Parque Nacional do Etosha, os participantes passaram a tarde deste dia, e o dia seguinte, a contemplar os milhares de animais. Houve ainda tempo e espaço para tentar compreender a complexidade da hierarquia destas diversas espécies. Foram centenas de quilômetros fora de estrada com os olhos postos na fabulosa natureza que envolveu a caravana.
Dia 9
O dia 1 junho (quinta-feira) ficou reservado para conhecer um santuário de vida animal, o Erindi Game Reserve. Uma reserva privada criada por um amante da natureza para preservar a vida animal selvagem da Namíbia, sendo possível ver várias espécies raras e ameaçadas de extinção que aqui encontram, sem artificialismos, o habitat natural para se reproduzirem. Um dia passado no meio da vida selvagem namibiana.
Dias 10, 11 e 12
A sexta-feira (2 de junho) foi dedicada ao regresso à capital deste magnífico país e, assim, preparar o regresso a Portugal. Porém, antes da chegada a Windhoek, a caravana visitou uma feira de artesanato que prendeu os participantes, sobretudo, com os trabalhos espetaculares que mãos hábeis formaram a partir de diversos tipos de madeira.
O regresso a Portugal aproximou-se demasiado depressa, mas ainda houve tempo para, já na capital, apreciar a multiculturalidade dos habitantes deste país. A mistura do povo nativo com a dos seus colonizadores e com os dois países vizinhos. Um povo que é independente há pouco tempo tem tentado se afirmar, sobretudo, pelo zelo com que tratam a natureza e os recursos disponíveis. E onde a necessidade aguça o engenho: as energias renováveis são dominantes na Namíbia. O cuidado com a limpeza e a aversão ao lixo, seja nas cidades, seja nos locais mais inóspitos, dão lições aos ocidentais.
Windhoek é uma cidade que aos poucos se moderniza atraindo os que nela procuram refugiar-se da terra seca que pouco sustento lhe proporciona. Em seu redor existe uma Favela com 300 mil habitantes, nada menos que um terço de toda a população da cidade.
Depois de 10 dias de incansáveis aventuras, os dias seguintes foram de preparação para a partida e o regresso a Portugal.
Namíbia 2023: mais um sucesso Escape Livre
Os eventos internacionais do Clube Escape Livre fazem parte do preenchido calendário de atividade do clube da Guarda há muito tempo e são dos mais procurados anualmente. Quando foi anunciada a aventura na Namíbia, os lugares disponíveis esgotaram mais depressa do que dizer “Namíbia 2023: aventura Escape Livre”. A chancela de profissionalismo e atenção aos detalhes das organizações do Clube Escape Livre é partilhada nas organizações de eventos em Portugal e fora do nosso país, dai este enorme sucesso. Uma vez mais partilhado por todos os participantes que usaram as redes sociais para destacar a qualidade do evento, chegando a Portugal com vontade de regressar e deixando a sugestão de explorar outros domínios. O Clube Escape Livre ouviu as sugestões e o desejo de regressar e reserva algumas surpresas para o calendário de eventos para 2024. Estejam atentos ao nosso site, que mais para o final do ano serão reveladas novidades.
Mas para já e para os que não conseguiram lugar este ano, a boa noticia está aqui: