Da serra da Lousã às Aldeias do Xisto

Entre as fronteiras naturais, a serra da Lousã marca um território diferenciado no centro de Portugal. Das neves do inverno frio ao calor do estio, ficam para decifrar trilhos imensos por entre o xisto das aldeias, as gentes, a fauna e a história. Uma proposta de descoberta neste roteiro pela Lousã, na tranquilidade da Natureza a bordo do Volvo XC90 T8 Recharge, em modo elétrico, capaz de nos transportar para outros horizontes.

Ao longe, a Lousã aparece aconchegada na serra que lhe fica sobranceira. O perfil da montanha estende-se por uma linha recortada ao longo do horizonte e que encerra um conjunto de tesouros infindáveis. Num trajeto a ser descoberto em qualquer época do ano, apesar do rigor de inverno aconselhar algumas cautelas, sugerimos a Lousã como ponto de partida.

A essência da vila da Lousã

Mesmo que não seja um povoado antigo, é fácil recuar aos tempos da romanização para recuperarmos a essência da vila. São exemplos dessa ocupação colunas funerárias, utensílios de vidro e metal, alguns pedaços de vias romanas. Reza a lenda do tempo da presença muçulmana que quando o emir Arunce partia para conquistas e campanhas tenha construído o castelo para proteger a filha Peralta.

Depois das referências ao castelo de Arouce, no Foral de Miranda do Corvo (1136) dado por D. Afonso Henriques, Castelo já era mencionado e contemplado por D. Afonso Henriques com um Foral em 1151.Mas é, quiçá, a partir do século XI que se regista um maior desenvolvimento da área com ênfase a partir do século XVIII quando a industrialização bateu à porta. Novas indústrias como a do papel (data de 1716 o fornecimento da tipografia da Companhia de Jesus de Coimbra por parte do Engenho de Papel Penedo). Passos consolidados com a inauguração do caminho de ferro no início do séc. XX.

Motivos para descobrir

Assim a Lousã oferece um conjunto único de motivos para se descobrir neste roteiro. Em torno das ruas delineadas, momentos para visitar a oferta museológica que Museu Municipal Prof. Álvaro Viana de Lemos e o Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques, a igreja Matriz, a capela da Misericórdia e alguns exemplares de casas solarengas. No regresso do trajeto, ainda lhe sugerimos uma visita ao castelo da Lousã e à Ermida da Sra. da Piedade com uma das muitas praias fluviais para se desfrutar.

A primeira parte do percurso deste roteiro pela Lousã, leva-nos serra acima. O encadeado do trilho vai-nos permitindo descobrir a imensidão do horizonte. Uma subida íngreme que fazemos com a companhia do Volvo XC90 T8 Recharge. Icónico no posicionamento, o modelo consegue conciliar a potência, o conforto, a qualidade e a tecnologia. Com sete lugares disponíveis, transforma-se no parceiro ideal para explorar novos trilhos. Com tração integral permanente, uma potência combinada de quase 400 cv o brilhantismo da caixa sequencial de oito relações permitem uma tranquilidade em qualquer tipo de piso.

Mas, nada melhor que desfrutar da possibilidade de circularmos com uma autonomia elétrica superior a 70 km. Uma experiência única fora de estrada que possibilita uma sintonia com a Natureza envolvente.

Uma serra única!

Eis-nos chegados ao alto, ao Trevim. O panorama é único. Em redor, avista-se um mundo com uma paisagem que vai do mar ao interior, do norte até ao Alentejo. É esta localização que faz dela uma serra única.

É de aqui perto que se vislumbra o planalto de Sto. Santo António da Neve. A pequena capela, mandada erguer por Julião Pereira de Castro, neveiro-mor da casa Real. E, por falar em neveiro, junto da capela existem três dos sete poços neveiros originais. Em tempos, a população das redondezas recolhia a neve que, no pico do inverno caía na serra, e a armazenava-a em poços fundos cobertos construídos de xisto e barro. A neve era calcada com maços de madeira e coberta com palha para se conseguir conservar até ao verão seguindo, depois, para a corte em Lisboa.

As Aldeias de Xisto

De regresso à Lousã, vamos percorrer uma zona onde a fauna e a flora nos surpreendem em cada curva. Por entre as manchas florestais, ainda surgem veados e gamos que nos convidam a paragens mais prolongadas, paragens intercaladas pelo bucolismo das Aldeias de Xisto. E são cinco no concelho. O Talasnal é um exemplo vivo. Nestas aldeias refugiam-se as tradições, a gastronomia e uma cultura que continua a ser preservada. Aqui se desfrutam momentos únicos em contacto com a natureza.

Continuando a descer, cabe ao espírito repousar noutros tesouros… A gastronomia evoluiu aproveitando os produtos da terra. Vinham os dias de festa e comiam-se carnes bem temperadas. O acompanhamento de sopas era feito num caldo com broa regada com azeite. O resultado de séculos estende-se em pratos de chanfana, cabrito, migas, serrabulho, tigelada e arroz-doce.

Boa viagem neste roteiro pela serra de Lousã!