Encaixado em plena Beira Alta, a meio caminho de terras durienses, o concelho de Sernancelhe encerra um património cultural, histórico e humano inegável. Terra de muitas escritas, com um testemunho assente no bem humano, a descoberta de cada facto permite uma valorização que passa a pertencer ao património de cada um.
A Beira Alta tem destas coisas: belas paisagens, vasto património, rica gastronomia, fé… Caminhos andados por entre trilhos que se palmilham e onde as gentes traçam o perfil de um concelho pleno de história. Assim é Sernancelhe. A paisagem imensa entre planaltos, vales, linhas de água e serranias emolduram o retrato em qualquer estação do ano. O caráter agreste da natureza contrasta com os afetos das gentes.
As Terras do Demo
Numa terra onde a escrita testemunha um conjunto de personalidades literárias, sobressaem nomes como os de António Ribeiro Saraiva, Bernardo Xavier Coutinho, João Fraga de Azevedo, Abade Vasco Moreira e de Aquilino Ribeiro, que apelidou todo este território como “Terras do Demo”. Mas importa descobrir o outro lado das Terras…
Sugerimos uma visita pelo centro histórico de Sernancelhe. O perfil granítico das ruas e do casario não contrastam com um ambiente histórico. Edificada antes da nacionalidade, dê um salto ao Monte do Castelo e visite a Porta do Sol. Desça até emblemático ao Adro para desfrutar da essência histórica do local com a igreja datada do séc. XII e do pelourinho seiscentista.
As ruas de Sernancelhe expressam terra de fidalgos onde pontua uma arquitetura solarenga a descobrir. Mas poderá desfrutar de modernos espaços museológicos como é o caso do recente “Espaço da castanha e do castanheiro”, uma homenagem a uma riqueza indelével.
Podendo ser realizado em qualquer época do ano, os trilhos que percorremos fazem-se por entre monumentais soutos, onde a castanha é rainha e lameiros onde ainda o pastoreio marca os dias de algumas gentes.
Caminhos com memória
O trajeto escolhido para este roteiro cruza-se com as histórias e as memórias de um passado marcado pela religiosidade com pelourinhos, capelas, cruzeiros, alminhas e mosteiros. Desde logo o santuário de Nossa Senhora das Necessidades. A paisagem deslumbra sobre a barragem de Vilar que antecede os territórios durienses. Já quase no final do percurso, o santuário de Sto. Estevão, de onde se espreita a Serra da Estrela, e o santuário de Nossa Sra. ao Pé da Cruz, padroeira da vila.
Mas claro, este é um trajeto que se cruza com a fé dos Caminhos de Santiago e, com eles, o santuário de Nossa Sra. Da Lapa. Reza a lenda que, em 1498, uma pastorinha chamada Joana, que teria nascido muda, esgueirou-se por entre as fendas das rochas, tapadas por uma enorme lapa. Aí encontrou uma imagem da Virgem, escondida há mais de quinhentos anos por religiosas fugindo a uma perseguição. A tamanha devoção da menina à imagem deu-lhe a proteção divina da Virgem que, com um milagre, lhe devolveu a voz. O atual santuário, local obrigatório de peregrinação data do séc. XVI.
Um parceiro à altura
Para partirmos para este roteiro à descoberta de Sernancelhe, utilizamos o Volvo XC60 T6 AWD Recharge. Trata-se de perfilar o caminho para uma mobilidade cada vez mais inteligente onde o construtor sueco é pioneiro.
O modelo, dotado de tecnologia híbrida plug-in, permite percorrer mais de 50 km em modo totalmente elétrico. Uma experiência única que também se pode desfrutar em todo-o-terreno, diferente, com um toque natural. O sistema avançado de gestão de energia permite uma mobilidade onde o sistema de tração integral empresta um sentido de aventura ao XC60. Para além da potência disponível, o sistema de tração eficiente permite-nos ampliar os horizontes de descoberta, mesmo em asfalto, com desportividade e uma segurança inquestionável. Fora dele, as dificuldades desvanecem-se num desafio constante.
Os avançados sistemas de segurança permitem uma condução semiautónoma até velocidades de 130 km/h. Sempre com a assinatura individual da Volvo. A utilização de um sistema híbrido permite desfrutar dos 340 cv disponíveis e com consumos reduzidos. O comportamento deste XC60 pauta-se quer pelo conforto quer pelo rigor ao volante onde o conjunto de sistemas de segurança ampliam o prazer de condução.
Bem dormir, melhor comer em Sernancelhe
Ficam notas de descoberta mas antes, nada melhor do que deixar uns escritos fundamentais. Escritos de gastronomia. Trata-se de um empréstimo de um conjunto de sabores destacados num território de delícias de paladar. Em cada estação, as tonalidades dos sabores presenteiam o visitante. Claro… a castanha é fundamental por estas terras. Mas há outras piscadelas de olho pelas palavras sábias de Mestre Aquilino, “Comeram-lhe à tripa forra carniça refogada, cozida, assada, de porco, de vaca, de chibato, carniça para todos os paladares. O arroz estava de se trocar por um prato dele a imortalidade, o cabrito, rechinado no espeto e picadinho do sal, até fazia cócegas no céu-da-boca. Quem bem come bem bebe, acabaram a janta enfrascados e lerdos como patos na engorda”.
“Alcança quem não cansa”. Uma frase de Aquilino a dar o mote ao tema do hino do concelho e que espelha bem a aposta na contemporaneidade das ações que permitem descobrir este concelho pleno história. Aceite o desafio e venha visitá-lo percorrendo os trilhos que preparámos para si. Explore, aventure-se e, sobretudo, deixe-se encantar pela Beira Interior. Esperamos cá por si.
Casa do Avô
Restaurante Flora
Pica-Peixe
Hotel Convento Nossa Sra do Carmo
Casas de Campo da Barroca
Casas Aldeia da Lapa